Marcos André Costa
O cenário de 2025 apresenta riscos e oportunidades significativos para a gestão da reputação corporativa. A complexidade é um componente dado e, neste sentido, as empresas deverão direcionar esforços não apenas para manter a relevância de suas marcas, produtos e serviços, mas também para incrementar as ferramentas que poderão torná-las (ainda mais) resilientes.
RISCO: Escrutínio exige autenticidade
O escrutínio acerca do que se faz, do que se fala/ do que se publica e do que se oferece/ se vende (como produto ou serviço) tem potencial para ganhar maior intensidade. Autenticidade pode ser um atributo valorizado pelos públicos de interesse – de modo a impactar (positiva ou negativamente) os comportamentos de apoio da sociedade em relação às marcas com as quais se relacionam.
RISCO: Desconhecimento acerca de expectativas e interesses dos públicos
Em contrapartida, ouvir atentamente (“escuta ativa”), promover o diálogo e negociar serão habilidades fundamentais em um mundo onde as marcas serão demandadas, muitas vezes, a tomar posições em relação a temas eventualmente controversos da sociedade. Compreender expectativas e interesses dos públicos é a chave para a tomada de decisão quanto aos posicionamentos corporativos que deverão (ou não) ser manifestados.
RISCO: Articulação com o poder público e elevados padrões de conformidade/ governança
Temas como ESG e DEI tem espaço na agenda – em especial em países como o Brasil, onde ainda construímos, atualizamos e consolidamos políticas públicas que sejam capazes de tornar nossa realidade menos desigual – muitas vezes, a partir da articulação necessária entre a iniciativa privada e o poder público. Neste sentido, as questões de conformidade/ governança corporativa também se farão notar.
RISCO: Comunicação e tecnologia: saber usar
A tecnologia reafirma seu espaço, com o incremento das aplicações da inteligência artificial em nosso dia a dia. No ambiente da comunicação, não apenas a quantidade – mas, sobretudo, a qualidade – das mensagens produzidas e colocadas em circulação serão características cada vez mais importantes no que diz respeito à alocação dos esforços e dos recursos que, somados, terão a responsabilidade de construir relações duradouras de confiança e admiração – elementos-chave para uma reputação bem sucedida e, consequentemente, para a geração de valor de uma organização junto aos seus stakeholders.
Para ler o texto do CEO da Caliber, Shahar Silbershatz, uma das inspirações para esse artigo, clique aqui: